quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Adeus ano velho e Feliz Ano Novo!


Me tornei TIA, maior presente que eu poderia ter. Quanto amor, paixão carinho, cheiro de coisa boa e gostosa, tudo isso seguido da vontade de morder e apertar.

Foi um ano repleto de provas e expiações, tive problemas do tamanho necessário para eu erguer a cabeça, mostrar minha força, progredir e aprender com cada um deles. Neste momento, pude ver o quanto a minha Família é guerreira e unida, além disso, tive a honra, o prazer de ter ao meu lado Amigos maravilhosos que Deus colocou em minha vida e reconhecer que não somos nada, sem o amor do próximo e sem a Fé.

Profissionalmente, convivi e continuo convivendo com gente do bem, gente que faz bem e que quer progredir pelo bem. E isso faz uma diferença danada no currículo, no dia a dia e no desenvolvimento de cada projeto. Fiz reportagens que a algum tempo queria fazer, e consegui um lugar, que já estava nos planos.

E em tempos de reciclagem e preservação ambiental, vou começar pelo meu íntimo, coração e pensamentos. 

Vou buscar mais, aquilo que gosto e acredito, vou evitar o que não me faz bem e nem faz crer. Tentarei absorver e digerir as coisas que pra mim, nem sempre são fáceis ou compreensivas, tentarei ainda, respeitar os mais quietos, secos e fechados, que não gostam de brincadeiras, mas vou manter o bom humor e sorrir ainda mais.


Não vou perder tempo com listas intermináveis dizendo que: quero emagrecer, ganhar dinheiro, viajar com os amigos ou ter um cobertor de orelhas; Afinal, saúde eu tenho de sobra e comer bem (de forma saudável, sem abusos) me alegra e faz bem, logo, vejo que a carcaça, é o de menos, quando se tem a alma e o sorriso leve.

O dinheiro, é consequência do trabalho, e isso graça a Deus, tenho e muito! Viajar com amigos, eu quero e é bom, só falta organizarmos as agendas e as finanças.

Já o cobertor de orelhas rs; Ah esse eu posso deixar pra depois, o Brasil é um País tropical, tem o verão quente, alegre, e a primavera romântica, sendo assim, os amores, não faltarão,  espero (risos) :-P

Graças a Deus, estou cercada por uma família saudável e genuinamente fraterna, por amigos queridos e verdadeiros (aqueles poucos, que estão em nossas casa e vida, em todo momento), percorri este 2012, com dignidade, alegria, força e Fé, tudo claro regado a uma boa e inesquecível trilha sonora.

Neste caso, não tenho muito o que pedir, só que continue assim em 2013, e não só para mim, mas para todos que me cercam, que passaram por minha vida, ou que vão passar ou que estão lendo esta mensagem.


É como eu sempre digo, entre querer e poder, existe uma distância, que só você pode diminuir!


Vai, corra atrás, busque, viva, conquiste, supere!


Feliz 2013!!!
Tenha muito amor no coração e caridade nas mãos.

Beijos, Carla Mendrot

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Tricolor - CT Barra Funda

Quase esqueci de dizer o quão gostoso foi cobrir o 'treino' do São Paulo na terça-feira, dia 05, no Centro de Treinamento da Barra Funda. Com clima cinza e chuvoso, o treino foi transferido para o Reffis e em campo estava somente os goleiros Rogério Ceni, ainda em recuperação, mas correndo em torno do campo e o Denis, batendo bola com os demais goleiros.

Quem falou conosco, coleguinhas da imprensa, foram Douglas (Foto) e Jadson, ambos estavam confiantes e ansiosos para o jogo do dia seguinte, em Porto Alegre. Dez dias sem jogar e com o time desfalcado, Tricolor e Colorado se enfrentaram na noite de quarta-feira, no Beira Rio e quem se deu melhor foi o time Gaúcho, com gol do Argentino D'Alessandro.

Neste domingo, dia, 10, o Tricolor Paulista enfrenta o Santos, no Morumbi às 18h30.

terça-feira, 8 de maio de 2012

EU QUERO, EU CONSIGO!

Normalmente, a gente não se conforma com aquilo que falam, com as atitudes que tomam, ou com a falta de atitude. Mesmo porque se esquivar, se fechar num casulo ou de longe ver o tempo passar, é e sempre foi muito mais fácil.

É muito óbvio que nada é para sempre, pois eu pelo menos acredito que neste mesmo mundo, ainda voltaremos outras vezes para reparar aquilo que foi feito de forma incerta ou que não foi feito. O fato é que se você está neste mundo, vivendo situações que precisam ser encaradas, por que deixar para amanhã e por que não encarar?

Não sou diferente das outras pessoas, tenho minhas dificuldades em enxergar certos problemas, muitas vezes até de encará-los, o que me difere de outras pessoas e hoje digo isso de alma limpa, é que não esmoreço, sofro por um instante, me fecho por um segundo, mas no minuto seguinte, volta repleta de forças e boas energias para enfrentar quem e o que quer que seja.

Com “quase 30 anos” de idade, posso afirmar que passei por inúmeras guerras em todos os âmbitos, familiar, profissional, emocional, situações que envolvia eu e mais alguém, situações que eram somente minhas.
Enfrentei todas elas, dei o meu sangue em cada uma, superei desafios, caí, me machuquei, curei a ferida, voltei ‘pro’ ringue e continuei a luta, até que depois do tempo necessário, eu estava inteiramente em pé, sem sequelas e conquistando mais uma vitória.
Defendendo mais uma Glória que era minha, pois se não tivesse que ser, Deus em sua infinita bondade, não teria colocado em meu caminho.

Meu saudoso Avô, típico Francês, nunca admitiu que qualquer um dos seus filhos e netos baixasse a cabeça ou entrega-se o fardo. Como Espartanos, deveríamos nos comportar e buscar a Glória, que está dentro e ao alcance de cada um.


Tenho Alma Francesa, Sangue de Guerreira e Espirito Espartano, nunca deixei que tirasse da minha vida aquilo que amo e sonho. Não será agora, na fase adulta, quando estou certa das minhas Glórias, que isso vai acontecer. Meus braços não estão cruzados e aqui não há espaço para as maledicências ou maledicentes.

Até logo! Vou ali VENCER mais uma!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Ser Tia!!!

Imagem do Google
Eu poderia começar este texto com a simples frase: Ser TIA é poder dar abraços como uma MÃE, guardar segredos como uma IRMÃ, aconselhar como uma AMIGA e permitir como uma AVÓ.

Mas é muito mais do que isso. Ser tia no meu caso, é ver que mesmo estando longe da família, realizando todos os sonhos profissionais (em uma cidade que eu que nunca deveria ter saído) e ainda assim sentir no fundo do coração, o quanto a família esta perto, o quanto a palavra FAMÍLIA é importante, o quanto o ser humano é melhor e mais feliz, quando ele sabe e sente a importância deste alicerce.

Eu poderia escrever que, ser tia é apertar os passos e separar os melhores clássicos do rock, do pop e do nacional, para mostrar ao pequeno rebento, mostrar que o mundo não é fácil, mas que se você escolher uma boa Trilha Sonora, tudo fica mais leve e que existe sim muita música boa, é só procurar.

Eu poderia separar vídeos com os melhores gols, os melhores passes, os melhores atletas e técnicos de um time digno de seleção.

Eu poderia escrever que ao receber a notícia, estava em plena “sala dos milagres” (fazendo aquela make para partir pra uma externa e fazer aquela reportagem), quando o telefone tocou e veio à boa nova, formando um mix de sorriso, choro, alegria e claro a maquiagem totalmente borrada rs. 

Mas tudo isso, é pequeno e singelo, diante da emoção e do prazer que estou sentindo, por ter mais uma certeza de que tenho uma família maravilhosa e que diante de nossas vidas, tem um Deus mais maravilhoso ainda, que nos abençoa diariamente com saúde, paz, harmonia e realizações.

Ainda assim, fica a dúvida se eu já expressei o que estou sentindo e o quanto agradeço a Deus, por nos enviar este presente, este primeiro filho (a), primeiro neto (a), primeiro sobrinho ou sobrinha.

Enfim, SER TIA, talvez seja tudo isso, que escrevi e pretendo fazer, mas também perceber o quanto sou abençoada e o quanto o quero em meus braços!

Beijos aos leitores,
Tia Ca, Tia Carlinha, Tia Cacá - TIA =)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Regiani Ritter - a primeira a pisar nos gramados e dar voz feminina ao futebol.

SERGIO BARZAGHI/GazetaPress
Regiani Ritter iniciou como atriz, fez cinema e novelas, mas foi em 1980 que entrou para o time dos jornalistas e se destacou como a primeira mulher reportagem esportiva e a cobrir uma copa do mundo.
 Regiani Ritter iniciou sua carreira como atriz, no filme “Ninguém segura essas Mulheres”, logo após participou de telenovelas na TV Tupi e SBT. Mas foi em 1980 que ela entrou para o time de jornalistas, tornando-se parte da equipe da Rádio Gazeta. Regiani se destacou por ser a primeira mulher a exercer a função de repórter esportiva e também a primeira a cobrir uma copa do mundo.
Ao longo dos anos, tem se tornado referência nos meios esportivos e em 2010 foi homenageada pela ACEESP, que colocou o seu nome, em um Troféu que a cada ano prestigia uma mulher que se destaca no jornalismo esportivo, o Troféu Regiani Ritter.

Regiani quando você recebeu a notícia de que seria premiada e que o Troféu receberia o seu nome, qual foi a sua reação?
Eu estava no estúdio do ar, o Erick Castelheiro e a Michele Gianella, da ACEESP da TV Gazeta e da GNET entraram, esperaram dar intervalo e então perguntaram: podemos dar seu nome a um troféu FORD ACEESP para premiar a mulher que se destacar no jornalismo esportivo anualmente?  Eu olhei pra cara deles ver se estavam brincando, não estavam. Eu acreditei, e chorei. Voltou do intervalo e eu tentava disfarçar, mas não dá né? Era tudo que eu não esperava, era o sonho que eu não sonhei. Muito lindo!

Como foi suar a camisa, numa época que Mulher em campo era alvo de preconceito, principalmente por estar dentro dos “territórios masculinos”?
Tomava chuva, choque de microfone, sol de 35º graus, levava pedrada que não era pra mim, pedrada que era pra mim, escutei em forma coro xingamento de torcida (mas isso foi uma vez só, o bastante), tive que bater de frente com segurança que não me deixou entrar no vestiário do Guarani em Campinas, (chamei o presidente do clube e entrei), levei cantada de jogador e treinador, (era obrigada a recusar, mesmo tendo vontade de conversar mais demoradamente com um ou outro), me pediram pra sair de um vestiário (o do São Paulo) que eu frequentava há mais de ano. Não folguei sábado, domingo ou feriado durante 15 anos. Mas valeu a pena, como valeu!

As dificuldades partiam apenas da sociedade ou também de atletas e dirigentes?
Com atletas, comissão técnica e dirigentes não tive problemas, foi surpreendente a facilidade com eles. Episódios isolados envolveram seguranças, um conselheiro, alguns poucos torcedores, e alguns poucos “coleguinhas”!  

Teve alguma equipe que foi mais arredia com você?
Não, nos clubes o tratamento foi igual, todos me receberam bem. Acho que o fato de ter apresentado o “Jornal do Esporte” na TV Gazeta, com Kleber Machado e Roberto Avallone, logo de cara, me deu suporte. Apresentei também o “Record nos esportes” na TV Record, e fiz durante bons anos o “Mesa redonda” na TV Gazeta onde era comentarista. Além da seriedade sem chatice, eu tinha muita sorte, ou intuição, nos palpites. Isso tudo ajudou bastante quando eu ia para os treinos, jogos e viagens.

Como era o comportamento dos jogares e das equipes, houve algum tipo de assédio?
Assédio não, porque eles me respeitavam muito, acabava até fazendo amizade com mulher de jogador, por força do trabalho. Mas cantada houve sim e confesso que teve hora que balancei, mas não podia ceder. Esse meio não perdoa, e eu estava decidida a vencer. Era uma coisa ou outra. Escolhi a profissão.

Qual foi o fato mais curioso dos tempos de reportagem?
Não diria curioso, mas chato. Eu estava em rádio, e era setorista do Palmeiras. O contrato de cogestão Palmeiras-Parmalat, inédito no futebol brasileiro, caiu no meu colo, através de uma pessoa que gosto muito. Era o furo do ano, ninguém sabia, e ela me deu todos os pormenores, com nome e tudo. Por pura intuição de que era real, comecei a dar a noticia numa jornada que ia transmitir exatamente um jogo do Palmeiras. A massa caiu em cima de mim, amigos de jornais principalmente, de TV’s e rádios queriam saber de onde, como e porque, eu continuei dando detalhes de como seria por uns três dias, e aí a diretoria do Palmeiras reuniu a imprensa e disse claramente que o anuncio seria dali a 15 dias, mas que uma jornalista xereta tinha descoberto e contado, então eles apresentaram os parceiros, e itens do contrato, que batiam com tudo o que eu dei.
Dias depois, meu narrador disse em programa que o furo de reportagem era do nosso comentarista, que não desmentiu e disse apenas: “meu e da Regiani Ritter”. Quase caí de costas, afinal, dei minha cara pra bater, se fosse rebate falso era fim de carreira. E ai vem alguém e me tira o mérito, foi ai que eu senti a barra pesar, por que era o meu narrador e meu comentarista, da mesma emissora!

Conte sobre a situação que você passou ao entrevistar o Casagrande, no vestiário? 
Devo muito ao Casão, a primeira vez que entrei num vestiário ainda não tinha sido liberado nem para os masculinos, e era homem nu pra todos os lados. Quando me viram, o filme acelerou passos apressados, corridos, mãos na frente, mãos atrás, e em segundos eu estaria sozinha no vestiário, não fosse o Casagrande, que ficou na dele, pelado, como se eu não estivesse ali. Me armei de coragem e pedi uma entrevista, “você fala comigo?” ele: “falo sim, você espera eu tomar uma injeção?” veio o Dr. Marco Aurélio Cunha, baixinho, o Casa subiu no banco de madeira, o medico  aplicou a própria, ele desceu, e disse estar à disposição. Eu não sabia se ria ou chorava, (risos), não fiz nenhuma das duas coisas. Só fiz a entrevista que era ao vivo e agradeci. Valeu casão!

Há alguns anos longe dos campos, você sente vontade de voltar?
Sinto saudade, mas vontade de voltar, não. Até porque essas malditas coletivas acabaram com a liberdade do jornalista. Hoje ligo o rádio, a TV, leio o jornal, vejo a internet, é tudo igual!  Sempre os mesmos caras falando as mesmas coisas, talvez por isso os repórteres não exerçam sua criatividade, e dá raiva às vezes.

Em 30 anos de carreira, quais foram suas maiores realizações?
Cobrir a seleção brasileira nas eliminatórias de 1993 foi 84 dias respirando seleção. A Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos, 55 dias, e foi quando saímos de um jejum de 24 anos sem títulos, era o Tetra! Entre outras homenagens, que me surpreendiam muito, como ser eleita a melhor jornalista esportiva de 1991, pelo jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas, quando realizei um sonho em fazer rádio, TV e jornal tudo ao mesmo tempo, na área de esportes, especializada em futebol.  Até que um coleguinha me disse: “você foi escolhida a melhor, que legal! Mas não há nada a comemorar, você foi eleita a melhor repórter feminina e só tem você!”.

Ele foi longe demais, e respondi de imediato, “Não existe nada pior do que um jornalista mal informado, eu fui escolhida entre seiscentos homens, inclusive você”. Depois até achei que fui muito dura com ele, mas eu queria que você visse a cara dele quando falou que eu ganhei de ninguém, era ironia pura, era uma gozação só, então como era provocação, não aguentei!

Falta algo para você realizar?
Sempre falta, quando a gente fala que fez tudo é porque o tempo está vencendo, na vida. Eu tinha um programa na radio Gazeta, “A PARADA DO CRAQUE” que entrevistava gente do esporte falando de tudo, menos do esporte. Era política, teatro, cinema, música, medicina, drogas, sexo, gostos pessoais, superstições, religião, literatura, enfim hoje eu gostaria de fazer o mesmo programa na TV, algo semanal ou coisa assim. Mas ainda vou pensar nisso com carinho.

Hoje o espaço para as mulheres no futebol e no esporte é bem maior. Dentre as jornalistas da atualidade, qual você considera bastante capacitada para se tornar ícone neste segmento?
É difícil citar nomes, até porque não sei todos, mas conheci uma repórter há alguns anos que tinha tudo pra ser referencia, a Luciana Mariano, de Campo Limpo Paulista, ela veio para a radio a meu convite, mas no caminho acabou se transformando em Luciana do Valle, casou com o Luciano e sumiu.

Aqui da nossa faculdade saiu a Natalie Gedra, que fez estágio comigo e me disse, ”quero ser você quando crescer!”, respondi que ela chegaria mais longe do que eu tinha chegado, pelo talento natural. A Natalie já foi premiada a revelação de 2009, é muito inteligente, boa no que faz, e tem tudo pra ser ícone. Vai depender só dela.
Entre as que ficaram amigas, Kitty Baliero, Abigail Costa, são pessoas e profissionais incríveis. Isabel Tanese, Lia Bentchen, Fernanda FactoriDébora Menezes, Mariana Godói, que depois se bandeou pra ancorar jornais na Globo, Renata Fan, que hoje estrela na Band.
Fatalmente, vou esquecer alguém, tem muitas mulheres nos bastidores, produção e tudo o mais, como a Elo Campanholo, que eu levei pra Gazeta, hoje está na TV Record, já viajou o mundo. É um universo grande, cuja tendência é crescer ainda mais.

Quais profissionais lhe serviram de inspiração?
Eu ouvia rádio e via TV, lia tudo pra me inteirar de tudo, mas principalmente do esporte. E não gostava de todos, não. Mas ficava por perto de Luiz Carlos Quartarolo, Wanderlei Nogueira e outros bons pra aprender a mecânica da coisa toda, sou caipira, mas não sou modesta, sabia que tinha personalidade forte pra ser um estilo x, então não buscava em quem me inspirar, buscava apenas por gostar.